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quarta-feira, março 24, 2010
renascença
quero que aquela velha daninha
seque, caia, morra... renasça
quero que você seja assim
importante, rara, única, paz
quero também que eu seja
entregue contente, descente
encandescente
quero me impressionar contigo
comigo, conosco
quero alegria que dá gosto
quero a fé que temo ter perdido
quero a prece que não ouço
quero lágrima no rosto
quero emoção, sensação de queda
pra saber que o sol se levanta
toda manhã
quero o som da mordida da maçã
o rosto de pele fina, a pureza divina
o que desejo ter pra mim
mas que não tenho em mim
é o que conflita aqui
contentar pelo amor da outra metade
ou contrastar com a triste verdade
dessa metade que há em mim
dessa que nasceu e carrego no umbigo
e a que me deu abrigo
pode um dia destelhar
com o vento que sopra
da ponta da praia
da parte escura e vazia
do velho cais
do navio afundado
quero ver o sol nascer
a flor florir
quero a ingenuidade que se perdeu
que se afundou naquele velho e
romântico navio
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Um comentário:
és verdade em mim
sinto-me acolhida em "nós"
acredito ter o maior amor do maior homem!
temos sorte
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